quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Insônia

Não dorme, tem medo de ter pesadelos, resolve esperar o sol.
Conversa com uma amiga que também não esta dormindo, mas ela, por insônia.
Fuma um cigarro amassado, o ultimo que achou, e entre as tragadas, reflete sobre seus sonhos e pesadelos, tenta achar um significado. Não consegue.
Vê o sol tentando abrir caminho por dentre as montanhas e resolve que esta na hora de fazer mais café, o seu ja esta frio e velho. Acha um outro maço de seu cigarro preferido, abre um sorriso sem querer,
Acaba de fazer o café, liga seu rádio e coloca sua coleção de musicas preferidas pra tocar e se senta na varanda, aonde ainda pode escutar a musica. Sua velha poltrona de reclinar lhe serve perfeitamente com sua posição habitual de pernas cruzadas.
Cantarola uma música diferente da que esta tocando em seu rádio.
É como se seus problemas fossem se esvaindo a cada balançada de seu pé direito que está pendurado
Sorri maliciosamente para o nada enquanto da a ultima dragada em seu cigarro antes de pegar no sono

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Loucura

Abre a mente e vê uma realidade só sua, vê as coisas mas sabe que não estão lá.
Tem que saber, não pode se entregar.
São poucos os que sabem dos seus problemas, é o capitão de seu próprio navio.
Pirata solitário no mar de sua própria loucura, sua mente.
Cicatrizes e marcas, contas histórias da sua mente.
Lhe sobram amigos de carne e osso pra lhe acalmar e ajudar com a realidade que existe e é palpável. Agradece por isso

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Lua

Da uma olhada, pendurado em sua sacada, para ver a lua que se escondia por cima do telhado.
não se contenta e sente a necessidade de sentir a energia que ela lhe transmite. sobe no telhado. Consegue
Se ergue pelo telhado arranhando o antebraço e o joelho, fazendo uma careta mas esquece dos pequenos fios de sangue que escorrem, quando olha para baixo e vê a sombra que a luz da lua projeta dele.
Se senta e coloca os fones de ouvido. Mantêm o volume baixo, para que possa se concentrar nas crateras que está vendo na superfície branca.
Sente os arranhões arderem, quando o vento bate, da quase que um sorriso enquanto arruma o cabelo.
Fecha os olhos e deixa todo e qualquer pensamento ou sentimento ruim se esvair de sua mente. guarda em si, a calmaria que a lua lhe proporciona.

Amanhã

Pode deixar tudo que tinha pra fazer hoje, pra amanhã, mas não quer. Quer fazer seu dia render, para que quando o amanhã chegue, possa se orgulhar do ontem.
Apesar de não ter muito orgulho do seu passado, quer mudar isso.
Sorrir apenas quando tiver vontade, mas quer ter motivos pra sorrir sempre. Pra isso, corre atrás da sua própria felicidade, aprecia as pequenas coisas.
Amanhã, é amanhã. Não sabe se estará vivo, então aproveita do hoje para ser feliz.
Ri, grita, chora, bebe, fuma, abraça e soca o que quiser hoje, pois não sabe se ou quando, o amanhã realmente virá

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O último sentimento

Tem alguns anos, não muitos nem poucos,  classificado pela sociedade como 'jovem'. Tem raiva disso
Essa palavra lembra inexperiência, burro e sem histórias pra contar.
Nascido em metrópole, criado no interior e amadurecido em uma cidade relativamente grande.
Tem muita história pra contar. Aventuras que viveu, bebedeiras e sabe deus mais o que.
Se deu o luxo de perder os sentimentos que tinha, já tinha sofrido demais por culpa deles. Lógico que sente raiva, tristeza, agonia e até algum tipo de afeição. Mas nada significante, não quer sentimentos.
A pele marcada com a maldade, e a tradição, o resto coberto por uma barba rala e um ou dois piercings, a feição costuma ser, para evitar perguntas, um sorriso ou simplesmente, indiferença.
sabe ele mesmo, que no fundo do próprio coração, tem um sentimento que ele renega mas não tem coragem de tirar de la.
Amor
O sentimento que fez com todos os outros se fossem, mas nunca teve como sair.

Pulinhos

Acorda e toma o café que havia preparado na madrugada anterior devido à insônia que teve.
Tenta se lembrar do sonho que teve, lembra que foi um pesadelo.
Nada de morte, nada de armas, nada de mutantes ou aberrações.
somente seu passado.
lembranças que foram momentos bem vivídos mas agora o atormentava.
balança a cabeça e lembra que tinha uma estratégia que funcionaria sempre que tentava. começou a pular. Pequenos pulinhos desageitados. lembrou de uma musica feliz e começou a canta-la baixinho, só para si mesmo. Levantou os braços e se deixou ser quem queria ser. Por um momento, somente naquele momento, foi feliz denovo.
Entra no quarto, se deita, acende seu cigarro, da 5 tragadas. Dorme.
Acorda no meio da noite e sente cheiro de café novo no ar. Levanta, pega um porrete que costuma guardar debaixo do colchão, e corre para a cozinha atras de quem estivesse ali.
Leva um susto ao ver um amigo, seu melhor amigo desde que se lembra ser gente. Começa a chorar por não ter contato com qualquer pessoa que se importasse a algum tempo. Trazia consigo, histórias e presentes novos.
Passaram noite a dentro, os dois, seus cafés, seus cigarros, suas lembranças e novidades.
Poderia agora, ser feliz com maior frequência