segunda-feira, 29 de julho de 2013

Não quer dizer

   Continua sendo o mesmo garoto de sempre com a cueca de caveiras, só que agora ela está surrada usa como pijama.
   O mesmo garoto que deixava os ralos fios de barba crescerem, porém, agora tem barba grande.
   Sempre apegado ao passado que o fez ser o que é hoje.
   Estragado por uma ou outra experiencia e alguns hábitos. Mas ainda o mesmo garoto.
   Já foi chamado de criança, homem, louco. Mas continua sendo o mesmo garoto
Não quer dizer que seja uma coisa boa. Também não quer dizer que é ruim.
   Algumas recaídas o lembram do passado. Não quer dizer que seja bom. também não quer dizer que seja ruim.
   Se arrepende de algumas escolhas e atitudes. Claro que se arrepende. Mas como tudo, também não quer dizer que é bom, e também não quer dizer que seja ruim.
   Aprendeu a não querer de tudo, nem demais das pessoas. Aprendeu que é preciso ser feliz com o que se tem que correr incondicionalmente atrás da felicidade.
   Tem medo do futuro como qualquer criança deveria ter. Mas tem total segurança pra enfrentar o que vier pela frente, como todo homem deve ter.
   O mesmo garoto, porém, Não o mesmo.
  Continua saindo sem rumo a procura de experiências, para que possa contar as suas histórias. Começou a parar pra ver o sol se pôr e ver as poucas estrelas que a cidade o permite ver.
   Continua, a cada dia, tentando ser mais feliz que no dia anterior
 

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Trip do Gato

  Sai para a rua, tem medo de ficar em casa de noite.
  A fraca luz do poste que fica do outro lado da rua , lhe transmite uma tranquilidade maior que seu quarto.
  Tem muito medo do que sua mente pode tramar contra sí. Isso o apavora.
  Sente suas pernas tremerem, mesmo que sentado
  Ouve gritos, mas sabe que não estão sendo gritados de verdade. São berros que não dizem nada, berros de agonia. 
  Pede ajuda e uma amiga o aconselha a pôr os fones de ouvido. Ele o faz. e os gritos cessam
  O pior ainda está por vir, ele sente isso.
traga seu cigarro freneticamente pois está nervoso. 
  E o pior, Vêm como algo que não pudesse ser adiado.
  O gato que não estava ali, corre como se estivesse caçando algo,vai parando aos poucos
  Num movimento violento e quase instantâneo, o felino gira a cabeça 180° como uma coruja, seus olhos verdes que pouco contrastavam com sua pelagem branca, se transforma em vermelho sangue.
  Abre a boca e solta um berro mais alto que os anteriores. Ensurdecedor.
  Em estado de choque, não sabe o que fazer. O que aconteceria depois? Seria atacado?
  Não quer ficar pra saber. Foge. Corre até o sol surgir e se sentir seguro. 

terça-feira, 9 de abril de 2013

Sombra

  Percebe o que é. Uma sombra no passado dos outros.
  Uma pequena lembrança de um dia bem vivido com uma pessoa que nunca chegou realmente a conhecer e não chegará a conhecer.
  Ninguém realmente chegou a conhece-lo por completo, mas é compreendido por alguns poucos.
  Sabe que não foi feito para dar certo.
Sente um cansaço novo a cada passo que dá, e uma dificuldade cada vez maior para esboçar um sorriso em seu rosto.
  Problemas mal resolvidos são as únicas coisas que passam por sua cabeça antes de dormir. Isso o atormenta a anos, mas quase já não liga mais. Já está acostumado
Sente a vida como uma dormência a ser sentida. Não tem outra opção.
  Como maneira de não enlouquecer em sua própria melancolia, tenta ver o lado bom das coisas ruins.
Porém, sabe o que é; Poeira, Fumaça, Sombra.

domingo, 31 de março de 2013

Pra vala

O toque que fez morrer.
Tudo para a vala.
Lagrimas secas que escorrem pela mão que cobre o rosto.
Nunca será. Nunca será a felicidade de alguem.
Tem que se contentar com isso, não tem como mudar isso.
Lembra da felicidade, e isso o destrói.
Sai de perto para que não vejam nada, mas sabem. Não é segredo pra ninguem.
Soluços contidos, tentam soltar o grito. O berro. O pedido de socorro vindo de um que um dia, sonhava em ser feliz por mais do que alguns dias.
Bad trip.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Good trip

A trip que te deixa pro alto.
Não importa o que aconteça, nada pode abalar sua serenidade.
Não importa se está calor ou frio, você está feliz,
Começa a se lembrar que a verdadeira felicidade não é ver o lado bom do dia de merda que você teve.
Se toca que você próprio não se permite ser feliz, e quer mudar isso.
Você lembrou do gosto da felicidade, e se viciou nela
Problemas são só problemas, e tudo o que era, não é mais.

domingo, 24 de março de 2013

Voa

Pequena alma aventureira que simplesmente quer correr atras do desconhecido. Se atirar na penumbra.
Atras de uma condição melhor da que se encontra.
Pequena criança que nada mais quer, se não a independência. Filhote de pardal afim de aprender a voar. Sonho de alcançar os horizontes que tão longe parecem
Não pensa em consequências ou em magoas.
 Problemas não são problemas. Criança. não muito mais que isso. Querendo simplesmente fugir de discuções, problemas e brigas,
Se joga do ninho e tenta a sorte de conseguir uma brisa que o faça voar. Voa.
Voa alto e mais alto.
Agora que voa, cresceu.
Problemas já não são mais problemas

quinta-feira, 14 de março de 2013

Ver o circo pegando fogo

Toma distância do picadeiro pra poder ver.
Seus olhos brilham e refletem a cena toda.
O fogo esquenta seu rosto e faz escorrer a maquiagem branca e vermelha perto da boca.
O desenho em seu rosto lembraria um rosto triste, mas no meio dele tem um sorriso de carne e dentes.
As pessoas que fogem, desviam dele e olham curiosas, sem saber porque ele esta parado.
Viu como tudo começou mas não tem a menor ideia de como vai acabar. Quer ver.
O caos o encanta
A fumaça do seu cigarro se camufla com a do incêndio que lhe serve como show.
Essa noite, o circo não diverte mais as crianças. Só o palhaço tem um show essa noite.

Cinza

  Se escora no parapeito de um prédio com seu celular no bolso da sua calça nova, tocando uma musica que não havia escutado ha muito tempo.
   Não tem vento algum sobrando, acende seu cigarro favorito e se sente sozinho. Há pessoas, amigos em volta mas nada consegue tirar a sensação de isolamento e no fundo, gosta disso.
   Joga a cinza que sai do cigarro que já está pela metade, vê ela voando e sente uma liberdade e nostalgia de proporções enormes como se conseguice reviver as lembranças que o lugar tinha.
A lembrança de um casal apenas alguns anos mais novo que ele, sentados naquele mesmo parapeito e tocando a mesma musica que tocava no telefone. Abraços, beijos e declarações de amor eterno. Ele sabe o fim de tudo isso. Somente lembranças, nada mais.
   Sente uma brisa que bagunça seu cabelo e uma mão toca seu joelho. E um amigo comentando sobre a musica. só consegue sorrir e relembrar que naquele mesmo lugar, numa noite estrelada onde ele estava sentado, numa noite estralada, havia um casal feliz. Havia um casal

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Insônia

Não dorme, tem medo de ter pesadelos, resolve esperar o sol.
Conversa com uma amiga que também não esta dormindo, mas ela, por insônia.
Fuma um cigarro amassado, o ultimo que achou, e entre as tragadas, reflete sobre seus sonhos e pesadelos, tenta achar um significado. Não consegue.
Vê o sol tentando abrir caminho por dentre as montanhas e resolve que esta na hora de fazer mais café, o seu ja esta frio e velho. Acha um outro maço de seu cigarro preferido, abre um sorriso sem querer,
Acaba de fazer o café, liga seu rádio e coloca sua coleção de musicas preferidas pra tocar e se senta na varanda, aonde ainda pode escutar a musica. Sua velha poltrona de reclinar lhe serve perfeitamente com sua posição habitual de pernas cruzadas.
Cantarola uma música diferente da que esta tocando em seu rádio.
É como se seus problemas fossem se esvaindo a cada balançada de seu pé direito que está pendurado
Sorri maliciosamente para o nada enquanto da a ultima dragada em seu cigarro antes de pegar no sono

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Loucura

Abre a mente e vê uma realidade só sua, vê as coisas mas sabe que não estão lá.
Tem que saber, não pode se entregar.
São poucos os que sabem dos seus problemas, é o capitão de seu próprio navio.
Pirata solitário no mar de sua própria loucura, sua mente.
Cicatrizes e marcas, contas histórias da sua mente.
Lhe sobram amigos de carne e osso pra lhe acalmar e ajudar com a realidade que existe e é palpável. Agradece por isso

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Lua

Da uma olhada, pendurado em sua sacada, para ver a lua que se escondia por cima do telhado.
não se contenta e sente a necessidade de sentir a energia que ela lhe transmite. sobe no telhado. Consegue
Se ergue pelo telhado arranhando o antebraço e o joelho, fazendo uma careta mas esquece dos pequenos fios de sangue que escorrem, quando olha para baixo e vê a sombra que a luz da lua projeta dele.
Se senta e coloca os fones de ouvido. Mantêm o volume baixo, para que possa se concentrar nas crateras que está vendo na superfície branca.
Sente os arranhões arderem, quando o vento bate, da quase que um sorriso enquanto arruma o cabelo.
Fecha os olhos e deixa todo e qualquer pensamento ou sentimento ruim se esvair de sua mente. guarda em si, a calmaria que a lua lhe proporciona.

Amanhã

Pode deixar tudo que tinha pra fazer hoje, pra amanhã, mas não quer. Quer fazer seu dia render, para que quando o amanhã chegue, possa se orgulhar do ontem.
Apesar de não ter muito orgulho do seu passado, quer mudar isso.
Sorrir apenas quando tiver vontade, mas quer ter motivos pra sorrir sempre. Pra isso, corre atrás da sua própria felicidade, aprecia as pequenas coisas.
Amanhã, é amanhã. Não sabe se estará vivo, então aproveita do hoje para ser feliz.
Ri, grita, chora, bebe, fuma, abraça e soca o que quiser hoje, pois não sabe se ou quando, o amanhã realmente virá

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O último sentimento

Tem alguns anos, não muitos nem poucos,  classificado pela sociedade como 'jovem'. Tem raiva disso
Essa palavra lembra inexperiência, burro e sem histórias pra contar.
Nascido em metrópole, criado no interior e amadurecido em uma cidade relativamente grande.
Tem muita história pra contar. Aventuras que viveu, bebedeiras e sabe deus mais o que.
Se deu o luxo de perder os sentimentos que tinha, já tinha sofrido demais por culpa deles. Lógico que sente raiva, tristeza, agonia e até algum tipo de afeição. Mas nada significante, não quer sentimentos.
A pele marcada com a maldade, e a tradição, o resto coberto por uma barba rala e um ou dois piercings, a feição costuma ser, para evitar perguntas, um sorriso ou simplesmente, indiferença.
sabe ele mesmo, que no fundo do próprio coração, tem um sentimento que ele renega mas não tem coragem de tirar de la.
Amor
O sentimento que fez com todos os outros se fossem, mas nunca teve como sair.

Pulinhos

Acorda e toma o café que havia preparado na madrugada anterior devido à insônia que teve.
Tenta se lembrar do sonho que teve, lembra que foi um pesadelo.
Nada de morte, nada de armas, nada de mutantes ou aberrações.
somente seu passado.
lembranças que foram momentos bem vivídos mas agora o atormentava.
balança a cabeça e lembra que tinha uma estratégia que funcionaria sempre que tentava. começou a pular. Pequenos pulinhos desageitados. lembrou de uma musica feliz e começou a canta-la baixinho, só para si mesmo. Levantou os braços e se deixou ser quem queria ser. Por um momento, somente naquele momento, foi feliz denovo.
Entra no quarto, se deita, acende seu cigarro, da 5 tragadas. Dorme.
Acorda no meio da noite e sente cheiro de café novo no ar. Levanta, pega um porrete que costuma guardar debaixo do colchão, e corre para a cozinha atras de quem estivesse ali.
Leva um susto ao ver um amigo, seu melhor amigo desde que se lembra ser gente. Começa a chorar por não ter contato com qualquer pessoa que se importasse a algum tempo. Trazia consigo, histórias e presentes novos.
Passaram noite a dentro, os dois, seus cafés, seus cigarros, suas lembranças e novidades.
Poderia agora, ser feliz com maior frequência

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Leaozinho

O fascinado olhar que faz quando olha o desconhecido, o escuro, o perigo.
olhar lindo em sua inocência.
Tem medo, mas o controla e segue adiante. Não sabe o que está fazendo, mas faz parecer que sim para enganar a sí própria e conseguir confiança.
Tem amores, amigos e temores. Sabe disso mas não valoriza.
Acordou e sorriu ao ver a luz do sol. e a vida nunca mais foi a mesma depois daquele sorriso.
De vez em quando escuta uma musica que fala sobre um triste animal, se sente bem quando ouve ela.
Toma seu café e cantaróla, agora, uma musica sobre uma bailarina, enquanto toma seu café. e um flash back passa por sua mente, uma cantiga que escutou hà algum tempo. tenta imitar mas não consegue.
Deixa pra lá.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

polígrafo da vida

A vida é um polígrafo entre dois lados com varias coisas. um tem a verdade, o honesto, o bom e o certo. E o outro a mentira, a trapaça o mal e o ruim.

Tempo

Um abrir rempentinos dos olhos, uma inspiração mais rápida, e um maldito frio na barriga. parece que acordou de um sonho onde estava caindo, não estava.
Quando levanta a cabeça e tenta se sentar, ali tenta lembrar como estava sendo o sonho responsável por acordar com um susto.
Consegue ter um rápido relance e lembra do rosto do ultimo amor que teve, uma história mal-contada e mal-terminada, que agora esta nos braços de outra pessoa. nesse relance, vê os dois juntos.
Isso te faz salivar, sobe do esôfago, um grito que é calado por entre os dentes. sua mão se fecha com força e logo sente o ralo suor por entre os dedos.
Pragueja alguma coisa em voz baixa e se levanta.
Faz um café e já o toma. sem açúcar, leite ou adoçante. não espera esfriar porque quer sentir o gosto amargo e quente que o café tem quando se esta em agonia. proucura o cigarro e o acende com um bic preto que sempre mantera no bolso
Só quando pega o isqueiro, persebe que ainda estava com seu jeans mal-tingído de preto que costumava usar para dar seus passeios pela cidade.
Tenta lembrar, enquanto acendia o cigarro, o que fizera na noite passada para ter dormido daquele jeito, não que não simplesmente caísse na cama quando estava cansado, e dormia de qualquer forma.
Não consegue.
Só o que lhe vem na cabeça, como um tapa na cara, o relance que vira, no inicio da manhã.
Não sabe o que fazer, então espera. Espera que o tempo, como costuma fazer, fize-se esquecer daquilo. Sempre faz.
Quanto tempo levaria? não adiantaria saber, iria demorar a mesma coisa. nem mais, nem menos

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

maldito espelho

Percebe quando se olha no espelho
o cabelo cresceu, a idade veio e a barba apareceu.
não é mais a criança que costumava ser.
a aparência agora atrai olhares das pessoas que passam pela rua. a maioria, de desaprovação.
As feições de sorriso ainda estão ali. De que outra forma iria despistar as pessoas que lhe pertubariam perguntando o motivo da tristeza?
Aproximando do espelho, consegue ver a forma como as pupilas dilatavam, se fascina com os segredos que o corpo tem. muitas coisas que nunca saberia. não importa.
Mas o que lhe incomodava, era a loucura que chegava aos poucos, silenciosamente.

Visitante

Tomando seu café meio frio com exatas e exageradas 9 colheres de açucar, sentado em uma cadeira de balanço dentro de um quarto de visitas da casa de um parente que em seus pensamentos nem perto passa.
Ouvindo a musica que vem de seu rádio velho que se encontra do outro lado do quarto devido ao curto e remendado fio da tomada.
Uma blusa nova, de um branco intocado, e uma calça justa feita de um tecido preto, dobrada até acima da canela e abaixo do joelho.
Sua mão direita, com o dedo indicador afastado do resto da mão como se ali estivesse o cigarro que ele tanto desejaria ter. um malboro de filtro branco.
Lembrando dos melhores amigos que estariam muito distante dali. mais de dez horas de viajem.
Pensamentos obscuros tambem passam pela sua mente. pensamentos sobre mortes imaginara, as pessoas que ele odiava, sofrendo. overdoses, batidas de carros e suicídios dos mais violentos possíveis.
Quando percebe sobre o que esta pensando, balança a cabeça e toma mais um gole de seu café. está frio.
Lhe vem a mente então uma garota, uma garota que esbarrou uma vez no centro da cidade e nunca mais a vira denovo. o que será que ela estaria fazendo agora? de nada importa.
Olha para o céu la fora e percebe que ainda esta chovendo. puxa a calça para o calcanhar e sente um estranho arrepio na espinha quando se escora na cadeira novamente. ama quando isso acontece.
Se cansa de olhar para o nada. se levanta, desliga o rádio que estava tocando uma musica dos beatles e se deita na cama
Se apronta para os sonhos que estavam por vir, sonhos onde poderia ser feliz. Feliz como estaria longe de estar enquanto estivesse acordado